Site oficial do Capítulo Brasileiro da Associação Médica de Israel (CBAMI)

Cartas Médicas nº 297
Ano 31 - Outubro 2006

Observando as várias culturas e sociedades em sua organização, percebemos que quase todos os grupos sociais parecem concordar em determinado ponto: o de insistir que seus membros aprendem a distinguir o real do imaginário, ou seja o concreto palpável do sonho imaterial e inatingível.

De forma bem ampla, não nos parece haver razão para se insistir nessa distinção: o sonho é uma proposta irreal, derivada de um mundo de fantasias, delírios, utopias, pensamentos mágicos e objetivos inatingíveis. Já a realidade representa o mundo físico, a matéria, o concreto e o pessoal, o social e o ambiente em que nascemos, crescemos e nos desenvolvemos, vivenciando nosso real, a todo momento.

Psicologicamente, o adulto desenvolvido e maturo ultrapassa o tempo e o lugar. Está intimamente ligado ao mundo físico e social, aberto a todos os tipos de experiência e vivência. Tem contatos livres, amplos, e fáceis com outros seres humanos, ao contrário do doente mental, do psicótico que apresenta grave problemática em seu contato com a realidade.

O sonho nos é permitido — todos sonhamos e também as crianças — porém, no indivíduo normal, a separação, o limite entre o real e o imaginário, entre o concreto e o sonho, estão muito nitidamente configurados através do nosso comportamento e dos conceitos que formamos, a respeito da distância existente entre o sonho e a realidade. Aprendemos a separar nossas aspirações e metas futuras, do que somos na realidade; separamos os objetivos de nossas fantasias e futuras realizações, das duras realidades envolvidas em nosso cotidiano. Se deixamos de fazer essa distinção, corremos um grave risco para nossa saúde mental e perdemos a noção do limite, do contorno de nossa realidade, ao passarmos sem percebermos para o território do delírio e da fantasia.

Registramos com pesar o falecimento do colega e amigo Dr. Moti Coifman.

Moti Coifman era mais do que colega, era um elemento atuante em todo esforço social e da comunidade.

Sentiremos sua falta e dedicação.

Nascido na Romênia em 1920, Jayme Landmann veio para o Brasil com 9 anos de idade. Em 1945, formou-se em medicina pela UFF, se destacando como um dos fundadores da Sociedade de Cardiologia do Rio. À partir daí surgiu o interesse em desenvolver a nefrologia no país. Landmann foi presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, responsável por avanços na área.

Era professor emérito da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj e, em sua homenagem, a universidade inaugurou o Espaço para Estudos e Debates Jayme Landmann. O médico escreveu nove livros.

Jayme Landmann morreu na madrugada de 21 de julho de 2006, aos 85 anos. Ele deixa esposa, duas filhas, quatro netos e dois bisnetos. Seu corpo foi enterrado na tarde de 23 de julho no Cemitério Israelita de Vila Rosali, em São João de Meriti.

Representa o quorum de 10 homens com mais de 13 anos de idade, para as orações comunais e leitura para a Torá, com as bênçãos.

Quando não há "Minian" presente no número dos que rezam, que seriam de 13 pessoas, com idade acima dos 13 anos, algumas das orações podem ser lidas, menos o Kadish (Oração Fúnebre).

A Torá pode ser lida mesmo sem o "Minian", mas as bênçãos não podem.

Desde os tempos Talmúdicos considerava-se motivo de prestígio ser escolhido entre os primeiros dez, para as orações diárias.

Algumas Sinagogas contratam pessoas de poucas posses para as orações diárias, que são considerados os "Homens do Minian".

“Dando voz a médicos de uma UTI Pediátrica sobre suas vivências em um Hospital Humanizado" foi a tese com distinção e louvor pelo Dr. Eduardo Goldenstein na PUC - Pontifícia Universidade Católica.

Ao Dr. Eduardo, sinceros parabéns.

O Fellowship da Associação Médica de Israel convida para a celebração do 95º aniversário, na Conferência Internacional a se realizar de 11 a 15 de abril de 2007, em Jerusalém.  

A Diretoria do Capítulo Brasileiro da Associação Médica de Israel tem a honra de comunicar ao ilustre Prof. Dr. Aron J. Diament, Prof. Associado e Docente Livre do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que, pelos seus méritos, dedicação à Medicina, grande saber, pela sua reconhecida atuação humanitária buscando a igualdade social no atendimento médico, o seu nome foi indicado, por unanimidade, para receber o título de "Médico do Ano de 2006".

Acreditamos que o rol dos colegas que o antecederam demonstra a seriedade com que fazemos a escolha do homenageado e consideramos que, para nós, esse evento é tão honroso quanto esperamos seja para VS.

Dr. Sergio Dario Seibel

Presidente

Dra. Wanda Reichstein Gonda

1ª Vice-Presidente

Dr. Paulo Danila

Secretário

A entrega do título acontecerá no dia 7 de novembro de 2006, às 21 horas no Salão da Plenária da Associação Brasileira "A Hebraica" de São Paulo.