Edição Atual
Diante da compreensão de que compartilhamos um passado histórico e sociocultural recente e similar (semiperiférico, ditatorial, colonial, cristão, monoteísta patriarcal), o que as artes ibero-americanas teriam a dizer sobre as ficções dominantes e com que ferramentas estéticas e dissensuais fariam frente a um consenso policialesco de gênero, sexualidade, raça e classe social? Que cenas, gestos e rostos, mesmo que transitórios, ambíguos e relacionais, poderiam perturbar determinados regimes policialescos não apenas de raça, gênero e classe, mas também perturbar as próprias ficções dominantes no campo das artes? Com este número, pretendemos analisar então as operações discursivas e estéticas que ocorrem quando são as subjetividades subalternas que representam a si mesmas, em vez de serem retratadas a partir do olhar de um Outro hegemônico que frequentemente procura coisificá-las, dominá-las e observá-las de uma distância que não contamine sua subjetividade.
Editorial
Dossiê
ISSN (Online): 2177-2940
ISSN (Impresso): 1415-9945